ABSTRACT The literature on crisis management highlights the importance of organizational learning for the formation of skills needed to effectively face new crises. In Brazil, the chaotic context of facing the pandemic and the lack of coordination of governmental actions give rise to reflections on the elements that could minimize the number of deaths. In view of this, this study aims to understand the extent to which technical-administrative capabilities and territorial aspects influenced the outcome of coping with Covid-19. Structural Equation Modeling and average tests were used in the data analysis. About capacities, the results revealed that deaths from Covid-19 were positively associated with the number of Intensive Care Unities and financial resources and negatively related to the number of primary care establishments and quality of health services provided. The heterogeneity of state capacities was also evident, which reveals the fragility of regional health planning. These results are important for planning actions and building capacities to face new health crises. As a contribution to the literature, the study sheds light on the importance of state capacity, operational structure, and capillarity of primary health care as conditioning factors for success in managing health crises.
RESUMEN La literatura sobre gestión de crisis destaca la importancia del aprendizaje organizacional para la formación de habilidades necesarias para afrontar eficazmente nuevas crisis. En Brasil, el contexto caótico de enfrentamiento a la pandemia y la falta de coordinación de acciones gubernamentales dan lugar a la reflexión sobre los elementos que podrían minimizar el número de muertes. Frente a eso, este estudio tiene como objetivo comprender en qué medida las esas capacidades técnico-administrativas y los aspectos territoriales influyeron en el resultado del enfrentamiento a la Covid-19. En el análisis de datos se utilizaron modelos de ecuaciones estructurales y pruebas de promedio. En cuanto a las capacidades, los resultados revelaron que las muertes por Covid-19 se asociaron positivamente con el número de UTI y recursos económicos y negativamente con el número de establecimientos de atención primaria y la calidad de los servicios de salud prestados. También se evidenció la heterogeneidad de las capacidades estatales, lo que revela la fragilidad de la planificación regional en salud. Estos resultados son importantes para planificar acciones y construir capacidades para enfrentar nuevas crisis de salud. Como aporte a la literatura, el estudio arroja luz sobre la importancia de la capacidad estatal, la estructura operativa y la capilaridad de la atención primaria de la salud como condicionantes del éxito en la gestión de las crisis sanitarias.
RESUMO A literatura sobre gestão de crises evidencia a importância da aprendizagem organizacional para a formação de capacidades necessárias ao enfrentamento efetivo de novas crises . No Brasil, o contexto caótico do enfrentamento da pandemia e a descoordenação das ações ensejam reflexão sobre os elementos que poderiam minimizar o número de óbitos. Diante disso, este estudo tem como objetivo compreender em que medida as capacidades técnico-administrativas e aspectos territoriais influenciaram no resultado do enfrentamento da Covid-19. Foram utilizadas na análise dos dados a Modelagem de Equações Estruturais e testes de médias. No que se refere às capacidades, os resultados revelaram que os óbitos por Covid-19 estavam associados positivamente ao número de UTIS e recursos financeiros; e negativamente relacionados ao número de estabelecimentos da atenção básica e qualidade dos serviços de saúde prestados. Evidenciou-se, também, a heterogeneidade das capacidades estatais, o que revela a fragilidade do planejamento regional da saúde. Esses resultados são importantes para o planejamento das ações e formação de capacidades para o enfrentamento de novas crises de saúde. Como contribuição à literatura, o estudo joga luz sobre a importância da capacidade estatal, da estrutura operacional e da capilaridade da saúde primária enquanto fatores condicionantes do sucesso na gestão de crises em saúde.